Já faz algum tempo que não escrevo, e ainda não tenho tanta certeza do porque desse afastamento momentâneo. Acredito que estou gastando tempo demais sendo feliz, e as vezes, por algum momento me passa pela cabeça que felicidade demasiada aliena, mas eu quero ficar assim. Me preocupo, quando me vem a mente, em momentos tão cotidianos, como levantar do sofá para pegar um biscoito em algum intervalo da novela das sete, ir até o banheiro tomar banho e lembrar que esqueci de pegar a toalha, ou então cortar as unhas do pé assistindo um programa chato de domingo à tarde, são sempre nestes momentos inexpressivos que me ocorre que em alguns pedaços de vida, talvez todos nós levemos uma injeção de prazer desmedido para assim conseguir suportar, um pouco anestesiados, momentos de dor intensa. Em questão de segundos tento apagar isso da memória, como se pelo simples fato deste pensamento ter vindo a mente como um presságio, dou-lhe autonomia para que ele aconteça. Isso vem acontecendo com uma certa frequência, mas não tenho como provar se minha teoria é verdadeira, e nem quero. Soa tão ingênuo pensar assim, que prefiro acreditar em Paulo Coelho e entender que apenas estou atento aos sinais que o universo me manda, conspirando para que algo aconteça. E é alicerçado nele que me deixo ir ao encontro de mim mesmo. Levo comigo presentes da vida que a anos estão empacotados e agora eu quero abri-los. Preciso mesmo ir. Prometo voltar em breve.
a todos àqueles que amo.
Alain Leon Malzac Batista
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