quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Carta ao leitor

 


Desculpem-me meus caros leitores pela "filosofia de botequim" que lhes trago em minhas palavras, me desculpem pela boemia que me consome e que me afasta cada vez mais da inspiração do artista. Entristeço-me ao sentir o passar dos dias e não sentir-me inspirado a lhes contar o que sinto e o que vivo, na verdade as palavras só me saltam quando não mais suporto tê-las só para mim, pois sou por demais egoísta no que diz respeito a expor meus pensamentos e venho tentando mudar isso desde que descobri no mundo pessoas capazes de compreender os subtextos presentes em apenas uma letra, palavra ou texto que escrevo. Sei que sou boêmio de alma, porém aguardo tranquilo a fagulha que despertará todo o meu fervor em manifestar em forma de arte aquilo que há anos venho guardando só para mim.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Leona Lewis - Echo (2009)



Leona Louise Lewis (3 de Abril de 1985) é cantora e compositora inglesa de Pop/R&B e vencedora da terceira temporada do programa The X Factor. (Fonte: Wikipédia)
Recentemente li uma matéria na Revista Rolling Stones Brasil comentando sobre este cd e fiquei muito surpreso com a crítica, por quê afirmava que, apesar da levada mais poprock, diferente dos albúns anteriores, a cantora se firmava no mundo da música como uma grande Diva se comparando a Whitney Houston e Celine Dion, pelos abusos (no bom sentido) nos agudos e notas longas na maioria das músicas. Realmente, confesso que me surprendi ao ouvir o cd, apesar de já ter ouvido a Leona Lewis se atrever a cantar músicas com "All By Myself" e "I Will Always Love You", porém não tem como evitar as comparações.



Poema Sem Nome





Eu não entendo muito bem dessas regras
Escrevo em formato de poema
Por que frases soltas me vem a mente

Não seguem uma ordem lógica
Tão pouco cronológica
Por que falo de sentimentos
E estes são assim confusos e abstratos

E quanto mais eu escrevo, mais eu entendo
Mais eu me perco, mais eu vivo
E numa busca incessante por respostas
Uma coisa eu garanto
O amor é o culpado de tudo


Alain Malzac

sábado, 19 de dezembro de 2009

O BLOG!

Com tanta vontade de fazê-lo e com as ideias fervilhando na cabeça, acabou que pulei algumas etapas convencionais para os blogs. Gostaria de informar a todos que o blog não é somente sobre cinema, mas como é o cinema que esta fazendo a minha cabeça no momento só irão sair posts a respeito. Como estudante de Comunicação Social, a tempos que sinto necessidade de um espaço para expor minhas idéias então o blog surgiu de uma forma muito natural e sem pretensões. O nome do blog e a justificativa dele estão no topo da página e não merecem explicações. Então, Bem Vindos ao Des - Interessantes !!!!!

A vida alheia, o cotidiano de outra pessoa, a rotina diária de afazeres que não são seus, os conflitos e prazeres que não fazem parte da sua vida, os questionamentos que não serão discutidos em suas rodas de amigos, as pequenas coisas que inspiram alguem a fazer arte por mais enigmática que seja e que você não conhece, as descobertas de algo já desvendado que você nunca saberá o que é.

É isso aí. 

Por quê tanta impessoalidade?

Recebi algumas críticas sobre o blog, dizendo que ele está muito impessoal, muito neuto e que a proposta dos blogs é outra. Achei bastante pertinente e resolvi a partir de hoje tentar dar uma cara nova no que diz respeito a forma de me comunicar com as pessoas que o acessam, confesso que o layout está bastante simples e eu não fiz praticamente nada para melhorá-lo, mas acabei gostando, pois está bem clean. Queria também me justificar a respeito das críticas que fiz dos filmes e o porquê de toda essa impessoalidade, pois bem, desde o começo do período 2009.2 da UFPB que tenho aulas de crítica cinematográfica e venho assistido a filmes e lendo texto para elaborar as minhas próprias criticas, por isso os textos que elaborei para o blog são tão impessoais e sempre buscando uma neutralidade e justificando meus argumentos todo o tempo. Prometo tornar o blog mais pessoal, pra que as pessoas o procurem além da necessidade de saber sobre os filmes para fazer um simples trabalho, porém não o deixarei com cara de perfil do orkut, "eca". Obrigado a todos que visitaram e criticaram de alguma forma.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Orações por Bobby (Prayer for Bobby), 2009


 Orações para Bobby, do diretor Russel Mulcahy, se passa em 1979 e conta a história ,baseada em fatos reais, de um jovem que aos 16 anos descobre -se gay e vive os tormentos e questionamentos levantados pela tríade igreja-homossexualidade-família, ainda mais dogmáticos para aquela época. Sufocado pelas angústias e renúncias que tem de fazer Bobby (Ryan Kelley) suicida-se. A mãe incoformada e em busca de respostas para onde seu filho teria ido após a morte (céu ou inferno), nos mostra uma brilhante explicação do por quê não devemos condenar as pessoas pelo que elas são.
    Antes de condenar o filme e levantar seus pontos francos, devemos esclarecer que o filme foi feito para ser exibido em um especial de TV, ou seja a prosposta torna-se outra, talvez no cinema a direção poderia ter sido mais ousada e explorado mais alguns temas do que simplesmente nós matar de angústia e sofrimento tentando nos fazer chorar com cenas e trilhas pra lá de emocionantes, como se não bastasse o fato de ser baseado com fatos reais. Mesmo assim, Orações para Bobby, comparado com outros filmes de grande repercurssão que abordam o tema homosseualidade, como O Segredo de Brokeback Moutain e Milk - A voz da Igualdade, dá um show em abordagem do tema, e tem planos e cenas muito interessantes, como por exemplo a cena que mostra o Bobby Griffth andando no corredor da escolas com todos os outros alunos caminhando na direção contrária, nos dando a sensação imediata de como o personagem se sente naquele momento. Também não posso deixar de citar a brilhante cena em que o pai dá a notícia da morte do filho a mãe, neste momento mostra Mary Griffth (Sigourney Weaver) em um plano/contra-palno com uma câmera em movimento, bem diferente da estética do cinema, com o personagem do pai (Henry Czerny) divididos por um grade, o que transmite a persperctiva de condenação dos pais por terem renegado o próprio filho. Apesar de lhe dar com questões ainda tidas como tabú para a nossa sociedade e a possibilidade de ousar diante destes, a abordagem dos temas, e a forma como esclarece as dúvidas sobre esses questionamentos da tríade igreja-homossexualidade-família são quase didáticos, poderia dizer até que o filme deveria ser mostrado nas escolas e nas igrejas.
    O cinema é a arte que mais se assemelha a vida real, e é dificíl separar nossos gostos pessoais daquilo que vemos na tela, ou seja, não julgo o filme como sendo ruim, pois aborda o tema como nenhum outro que já tenha assistido, porém está longe de conseguir agradar alguem que não partilhe deste mundo, apesar de não ser de todo o mal.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Paris, te amo



Paris, te amo é um longa-metragem composto por 18 curtas de diretores distintos e de diversas partes do mundo, que estão atuando no cenário contemporâneo do cinema, são eles: Bruno Podalydés, Gurinde Chadha, Gus Van Sant, Joel e Ethan Coen, Walter Salles e Daniela Thomaz, Christopher Doyle, Isabel Coixet, Nobuhiro Suwa, Sylvain Chomet, Alfonso Cuaron, Oliver Assayas, Richard LaGravenese, Vicenzo Natali, Wes Craven, Tom Tykner, Frédéric Auburtin & Gerard Depardieu, Alexander Payne.
Cada curta retrata uma divisão distrital de Paris, que são chamados de arrondisemet, cada qual com uma história diferente, porém muito coesos e bem amarrados, pois cada um deles tem como elo, e retratado de uma forma simples, o amor entre as pessoas, sejam amores perdidos, achados ou idealizados, amores entre homens e mulheres, heterosexuais ou homossexuais. O filme retrata uma Paris diferente da que estamos acostumados a ver, tanto no cinema quanto na televisão, os choques culturais, a incomunicabilidade, a xenofobia e o desrespeito atuam em contra partida com o sentimento de amor presente nas pessoas, criando um paradoxo que resume o grande significado da cidade, ou seja, apesar de todas as mazelas presentes em Paris, não há como não amá-la.  


 

Paris te amo fala de amor como nenhum outro, o amor comum entre as pessoas, sem histórias mirabolantes, simples e casual. O filme nos faz sentir o cheiro, ver as luzes, saborear os gostos, sentir o vento na pele e entender, sem compreender, o porquê de todo mundo amar Paris.