quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Do meu samba



E o samba toma conta de mim. Construo um letra, uma melodia, pode ate ser de amor, mas nunca triste. Quem tem o samba no pé leva também o sorriso no rosto. Posso falar o que quiser, o samba é assim, nele cabe tudo. Cabe eu, cabe você e até nos dois juntos, só basta querer. Minha vida é um samba. De muitos acordes, só pra enfeitar, sem cair na cafonice. Tudo que escrevi até hoje pode vir a virar samba, é sempre assim, ninguém morre de amor. Ainda ontem fiz um samba para pedir perdão. De peito vazio, escrevo samba pros amigos, das coisas boas que vivi e dos lugares que conheci, de todos eles foram nas rodas de samba onde fui mais feliz. Hoje levo no choro da cuíca a dor de um amor romântico. Um partido-alto que mesmo sem ter partido nenhum, não me quis. Ah, o samba, meu samba. Se minha vida um dia virar enredo de escola e ecoar na avenida, que cada carro alegórico leve o nome de um grande amor que tive, essa será minha última homenagem. Pois eu sou e serei amor até a última batida. 

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