Orações para Bobby, do diretor Russel Mulcahy, se passa em 1979 e conta a história ,baseada em fatos reais, de um jovem que aos 16 anos descobre -se gay e vive os tormentos e questionamentos levantados pela tríade igreja-homossexualidade-família, ainda mais dogmáticos para aquela época. Sufocado pelas angústias e renúncias que tem de fazer Bobby (Ryan Kelley) suicida-se. A mãe incoformada e em busca de respostas para onde seu filho teria ido após a morte (céu ou inferno), nos mostra uma brilhante explicação do por quê não devemos condenar as pessoas pelo que elas são.
Antes de condenar o filme e levantar seus pontos francos, devemos esclarecer que o filme foi feito para ser exibido em um especial de TV, ou seja a prosposta torna-se outra, talvez no cinema a direção poderia ter sido mais ousada e explorado mais alguns temas do que simplesmente nós matar de angústia e sofrimento tentando nos fazer chorar com cenas e trilhas pra lá de emocionantes, como se não bastasse o fato de ser baseado com fatos reais. Mesmo assim, Orações para Bobby, comparado com outros filmes de grande repercurssão que abordam o tema homosseualidade, como O Segredo de Brokeback Moutain e Milk - A voz da Igualdade, dá um show em abordagem do tema, e tem planos e cenas muito interessantes, como por exemplo a cena que mostra o Bobby Griffth andando no corredor da escolas com todos os outros alunos caminhando na direção contrária, nos dando a sensação imediata de como o personagem se sente naquele momento. Também não posso deixar de citar a brilhante cena em que o pai dá a notícia da morte do filho a mãe, neste momento mostra Mary Griffth (Sigourney Weaver) em um plano/contra-palno com uma câmera em movimento, bem diferente da estética do cinema, com o personagem do pai (Henry Czerny) divididos por um grade, o que transmite a persperctiva de condenação dos pais por terem renegado o próprio filho. Apesar de lhe dar com questões ainda tidas como tabú para a nossa sociedade e a possibilidade de ousar diante destes, a abordagem dos temas, e a forma como esclarece as dúvidas sobre esses questionamentos da tríade igreja-homossexualidade-família são quase didáticos, poderia dizer até que o filme deveria ser mostrado nas escolas e nas igrejas.O cinema é a arte que mais se assemelha a vida real, e é dificíl separar nossos gostos pessoais daquilo que vemos na tela, ou seja, não julgo o filme como sendo ruim, pois aborda o tema como nenhum outro que já tenha assistido, porém está longe de conseguir agradar alguem que não partilhe deste mundo, apesar de não ser de todo o mal.
trailler do filme: http://www.youtube.com/watch?v=y78m84V29DQ
"O cinema é a arte que mais se assemelha a vida real, e é dificíl separar nossos gostos pessoais daquilo que vemos na tela..."
ResponderExcluirMuito bem colocado sua observação. Cinema é a vida com efeitos e atores mais bonitos. ehhehehe.
Para mim, é o mais dificil em comentar um filme e passar a barreira do gosto pessoal. Como filme de jackie chan. Tens uns que são pessimos, como medalhao, Terno de 2 bilhões, mas eu gosto tanto dele!!! Mas nao posso dizer que é um bom filme, e tenho que dizer o porque. Apenas a experiencia e ver muito filme amadurece a pratica. Um bom blog o seu . Parabnes