Tememos a liberdade. Tornar-se livre é um processo doloroso, pois vai de encontro a um aprendizado humano, que começa antes mesmo de virmos ao mundo: o de acorrentar-se a algo ou a alguém. Precisamos absorver de alguma forma aquilo que nos falta, e nem temos consciência de tal atitude, e muito menos do que realmente nos falta. Tornar-se livre requer sabedoria, auto-conhecimento, maturidade, saúde (em diversos aspectos) e outras qualidades que ainda estou descobrindo. Estamos rodeados de pessoas que se julgam, se auto-criticam e culpam a outros por sua vida não realizada, por terem sido enganadas, por terem sido iludidas, por terem sido prejudicadas e quando não encontram ninguém para culpar, nem mesmo a si, culpam a Deus. É o medo. O medo de admitir sua liberdade, de admitir serem livres, independente de responsabilidades, no final de tudo pouco importa, o sol nasce no outro dia queira você ou não. Respire o inverso, respire a liberdade de poder errar e recomeçar, respire a liberdade alheia de errar também, respire a sincronia das coisas boas, respire...apenas respire e enquanto puder respirar seja livre para aprender novos ofícios, para superar seu corpo, sua mente, para amar, ser amado, para ir e vir, para se permitir.
Quando realmente compreendemos o real significado da liberdade em SER, é que somos capazes de viver, de se desprender das amarras e se jogar no mundo para viver em plenitude, sem culpa. É se permitir adquiri conhecimentos, conhecer o outro, a si, ao mundo, aos mínimos detalhes das pequenas coisas. Uma vida inteira jamais terá tempo suficiente para que possamos descobrir TUDO isso.
Falta-me sabedoria para conseguir expressar em palavras o significado de algo tão complexo. Somente consigo compreender dentro de mim e sinto arrepios cada vez que esse pensamento se materializa em meu consciente.
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