Argumento, fotografia, filmagens e edição: Ciro MacCord
"O verdadeiro artista tem que aprender a conviver com a solidão"
O curta de Ciro MacCord aborda um tema cheio de vertentes a se trabalhar dentro do cinema e dentro da proposta do estilo curta metragem, ou seja, rápido link da diogese com o espectador. O argumento é pobre, muito auto-explicativo, o que faz com que o curta fique menos interessante, pois nos priva de uma opinião própria a respeito do que o narrador/personagem (homodiegético) nos transmite, isso faz com que o curta ganhe uma cara de documentário. Além de que o personagem se contradiz em algumas falas, no final, afirmando que acredita em astrologia e em extraterrestres e no início na primeira fala "meu nome é narciso, não acredito em religião grega, romana"...parece piada né? Tb achei que fosse proposital. Porém a fotografia, a filmagem e a edição são muito boas, as imagens associadas a trilha non-stop e o monólogo conseguem de uma certa forma transmitir uma verdade no que está sendo dito pelo ator. O Ciro usa a técnica do "close" no rosto ou em partes do rosto, isso faz com que a emoção que o ator deseja passar seja ampliada pela câmera, é como se ela conseguisse enxergar dentro do ator. Apesar de dar muito trabalho, e eu imagino o quanto o diretor trabalhou, já que o levou nas costas, o curta me parece um espaço mais que oportuno para se experimentar. Podemos perceber no curta uma ótima oportunidade para novos atores e diretores, por isso não devemos criticá-los tão acidamente quase que o comparando com um longa, como pude perceber em alguns comentários, e sim apontar os erros para que possam ser corrigidos adiante.
Este foi meu primeiro post de 2010, e realmente não o fiz isento de qualquer intenção, porém também não serei piegas a ponto de lhes expor mais do que isso. Compreendam meus caros, aquele que nega na verdade se entrega, porém se entrega a poucos, aos íntimos e/ou aos irônicos e inteligentes de alma.
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